segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um novo dia nascerá

Um dia você acorda e não enxerga nada da mesma forma, e às vezes
Se da conta de que o amanhã é tão diferente e parece que
Tudo que tinha em mente, tudo que construiu, afundou
E quando olha pra baixo se vê num precipício
Só que não existem dias sempre belos, nem manhãs sempre
Ensolaradas, nem mesmo alegrias eternas
Existem tardes tempestivas,
mas até mesmo
A pior tempestade cessa
Como tua tempestade cessará
Voltando pra casa, olhava pela janela do carro
A cidade que passava, as luzes que se apagavam
Minhas noites que sumiam rápido, tão rápido
Que nem reparei que minhas noites de sono não me bastavam
Que os pesadelos não paravam,
Que o sorriso que eu vestia todo dia, não me servia mais
Na real, não acho motivos concretos pra nada
Há um muro dentro de mim agora
mas quero que pegue este relicário
E guarde bem, pra lembrar sempre dos bons momentos
Como faço sempre que este vazio toma conta
Para que lhe roube uma risada boba
E se conseguir, farei o sol nascer radiante, tal como será
Seu sorriso...
(se quiser me ver sorrir, bastar sorrir pra mim também)
(se me quiser feliz, basta ser também)


Raíssa Noronha




quarta-feira, 22 de abril de 2009


Só porque eu respiro poesia, e respiro-te também, minha maior delas.



[você]
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Raíssa Noronha
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Um novo capítulo

Foto: Laura Rodrigues (laurinha =D )



"Posso ver a claridade além do sol, antes disso, nuvens se aconchegam juntas sem nenhum trovão. São delicados os ventos do outono.Caminho em direção à chuva que desabrocha adiante e entrego meu corpo às águas que o céu despeja em uníssono com meus derramamentos.Todas as minhas expectativas frustradas escoando pela terra.Tenho tudo que preciso e abro o peito e os braços e digo um SIM sonoro para o que meus olhos alcançam, o meu peito suporta e o mistério penetra.Eu me sinto em casa: tenho a imensidão do mar e horizontes inalcançáveis. E o que me faz caminhar é essa sucessão de desafios que não cessam, para que eu conheça meu poder de superação.Eu construo minhas estradas e meus navios.E depois os aprimoro.E para que navegue ébria ou caminhe resoluta numa linha torta, preciso estar forte feito rocha. Eu moro nos mirantes quando preciso montar a trajetória dos meus próximos mapas. E abraço cada sensação que tenho ao apontar com o dedo meu próximo lugar sem um provável endereço.E, em vez de cidades, encontro sentimentos_ países inteiros a serem explorados: Amor, Medo, Confiança, Insegurança, Solidão... Meu destino é a Sabedoria. Não procuro atalhos, sei que é longa a travessia.Estou virgem e confiante para que nada corrompa minha inocência, o que não significa ingenuidade. Não guardei memórias de dores ou desesperos passados. Eu me apeguei ao aprendizado. Eu me perdoei faz muito tempo. Sinto apenas que vivi as escolhas que fiz e não há erro nisso. Eu só tinha maturidade para experiências específicas e foram elas que me conduziram ao meu coração, a minha fonte criadora. Tenho tanta força em mim que não poderia guardá-la apenas para momentos adversos, tive que usá-la também na experimentação de um prazer exagerado, na minha sede pelo gozo absoluto.No meu trabalho interno pelo desapego foi quando descobri que sempre me faltou fome, mas me sobravam apetites. Agora já percebo quando ainda não é a hora do mergulho, mas a de me encharcar sobre as superfícies. Percebo quando não sou eu quem tem de penetrar a água, mas de deixar que ela escorra sobre mim. Aprendi a me oferecer mordomias emocionais como adiar decisões dolorosas e a de ter a disciplina de cumprir rigidamente meus prazos.Antes eu pensava que nunca havia tempo suficiente, hoje eu percebo que o melhor emprego do meu tempo é neste desvelar de mim mesma, nesta busca por uma orientação interior tão nítida que nada se misture à inquietude dos meus desejos. (Nem sempre se deseja o que é melhor) Não há mais lamentos, sou eu quem governa a minha vida e o meu tempo. Sou eu que escolho quem vai conviver comigo e participar da minha (auto)biografia, ser o foco da minha poesia ou desfrutar comigo apenas um breve e intenso momento.
(Posso ver com clareza além do sol...agora.)"



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Marla de Queiroz



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porque é assim que me sinto hoje, falou tudo...





e aqui mais uma fã da Marla de Queiroz





o blog dela: http://doidademarluquices.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sensações


Quando eu acordar espero ver que o que temia já não existe mais, como se uma noite de sono fosse meu eterno sossego, espero tirar esse víeis carregados de insegurança e instabilidade emocional. Posso dizer que hoje sou tomada de medo, por que não me reconheço como antes. A partir do momento em que um estranho arrebenta nossas entranhas e sem permissão toma conta de todo nosso ser então já perdemos todo controle, e quando fica intenso, e quando está perfeito parece que é extremamente limitado...você tem duas semanas, dois meses, alguns anos... Mas vai acabar... E hoje eu acordei meio assim, chapada quem sabe. Não tão lúcida levada por alguns goles de álcool que já não me são mais úteis, mas que me levaram a refletir tudo que esta aqui, nesta alma perdida. Dessas sensações múltiplas e variadas que vem como um furacão indomável, perdido e furioso. Ah sensações! Abri o dicionário ou qualquer fonte de informação, certas coisas não têm explicação, me diga você, o que é um arrepio de saudade? É um simples ato fisiológico? Não, pra mim é bem mais, é uma insustentável emoção, incabível no teu interior que pede para ser mandada para fora devido à sua intensidade, quem sabe... não talvez ainda esteja clara suficiente...palavras não seriam suficientes, na verdade nunca são. Como explicar que contigo até meu assobio fica mais doce, das borboletas no estômago que sinto quando te vejo. Só sinto que palavras me limitam, se elas expressassem tudo realmente como é, talvez assim tivesse noção dessa imensidão de amor que existe aqui. Essa melodia, essa música que traz momentos únicos à cabeça quando toca... Faz-me flutuar numa exarcebada nuvem de alegria.
Só espero que isso não acabe... Não tão cedo.
(Às vezes penso: foi você que me ensinou a viver? Ou foi pelo teu amor que dei valor à vida?).



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Raíssa Noronha


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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sempre

A cada troca de palavras, a cada expressão feita. Enquanto eu te imagino, enquanto eu te espero ansiosamente. Teu sorriso é um refúgio e tuas alegrias minhas alegrias.
Nessa atmosfera de sonhos eu me encontro confusa, sabes que minhas palavras são sinceras e toda essa poesia reveladora. E teus olhos, teus pequenos olhos que me revelam um encanto alegremente maduro, estes que jamais encontrei em alguém. Sabes que meus dias cansados e tristes mostram minha necessidade de estar perto. Sabe que me fazes um bem incomparável, e cada canto, cada esquina esconde um segredo. E o mar. Essa imensidão toda não é capaz de me assustar e nada me impede de falar: Ah Como eu gosto de você!



Raíssa Noronha



terça-feira, 14 de abril de 2009

Incógnita


Silêncio.

É que eu te amo
Se eu pudesse explicar o que tem atrás dessas palavras
Consoante... Vogal...
Semântica, a gramática não explica.
Os cientistas também não explicam então o que explica?
Que mistério você esconde?
Pra me tirar da cama tão cedo esboçando o mais bobo sorriso
Pra me fazer voar como uma borboleta
Pra transformar minha noite escura
Numa aurora eterna...
De explorar tudo de mais lindo que há
Em mim que nem eu mesma conhecia.
Se a tristeza bater, busco-lhe o riso,
A piada, a alegria, trago-lhe o circo
Se o medo bater, trago-lhe a coragem,
A proteção, meu escudo chamado ‘amor’
Se houver dias nublados, te darei o sol,
Meu calor... terias sempre o meu abraço
Se houver escuridão, buscarei estrela por estrela
Até iluminá-la por completo
Se houver silêncio, canto-lhe uma canção,
Trago-lhe a música, a poesia,
O verso, os sons do meu coração.
E se houver vazio...

... Então te darei o mundo!



[Entrego-lhe a melhor parte de mim]







Raíssa Noronha.


- está escutando isso?
- sim amor, é seu coração
- não... este agora é só teu!

domingo, 12 de abril de 2009

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"[É noite clara, repleta de lucidez. Amanheci pintando de amar-elo essas paredes. Desabrocham em vermelho, rosas. Girassóis. Porque ainda ontem escutei e hoje se faz eco: "solidão é campo vasto que não se deve atravessar sozinho". Hoje eu só quero caminhar contigo.]"


Elenita Rodrigues
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Fuga


Envolver meus poemas numa lágrima,uma lástima,

ou simples paranóia

sentir a fulgura na escuridão, a lua some,

leva-me com ela, a lua.

De um sentimento roubado

um coração dilacerado, só uma lágrima

me sufoca, eu, ofegante

caída ao chão

sussurram aos meus ouvidos

um grito sucumbido, tirem-me daqui

minha alma adormece

diga aos anjos que já estou pronta

apenas, levem-me daqui

e quando é noite

a solidão me assola.

uma busca além do horizonte. Desespero.


Raíssa Noronha

quinta-feira, 9 de abril de 2009



Amar é a fórmula da variável que existe em nós...é atravessar o mar à braçadas, é viajar no inimaginável, é abrir mão de nós mesmos
Amar é inconstante...quando controverso doe como se virassem tua coluna ao meio, triturassem cada parte de teu corpo e ainda sim não bastasse
Nós somos tolos, dedicamos os mais lindos momentos de nossa vida para plantar aquele jardim que logo irar murchar.
Amar é ultrapassar barreiras,
É um novo viver
É ter em teu quadro branco as cores mais vivas combinadas com toque de paixão
Amar é não pensar em mais nada.
Amar faz parte de mim
Amar nem sempre é sorrir, mais concerteza amar é aprender ... é se jogar do alto de um prédio pensando que pode voar
É enxergar a lua sorrindo pra ti
É tocar o céu
É ver tudo se acabar, e ainda conseguir sorrir
Amar é sofrer, é tudo e NADA.
AMAR? Talvez eu não queira conhecer mais esta palavra... é minha pior tortura.


Raíssa Noronha


Menino e o sol


Diálogo

-- Avistei o senhor de longe, sabe... chegou trazendo-me alegria e coragem
-- Mas de onde eu vinha?
-- Do outro lado senhor! Só te enxergo uma parte do dia, minha mãe diz que o senhor não tem tempo para estar comigo o dia todo... sinto sua falta...sinto frio... é com teu calor que eu acordo todos os dias. O vi saindo daquela imensidão, cheia de água que não tem fim. Foi esplendoroso!
-- Aquilo é o mar, meu menino
-- pois é! Quando te vejo crescendo em cima daquele punhado de água, lágrimas escorrem sobre minha face e eu perco os sentidos, é tão lindo! Senhor como se faz pra brilhar assim?
-- Ah meu pequeno, esse brilho já vem de mim, sirvo para dar a luz e calor a todos, acordo sorrindo, às veses to de mal humor e eu me escondo atrás das nuvens cheias de água.
-- e por que vai sempre embora? Por que me deixas aqui e para de me iluminar...?
-- Para que busque a luz em si, Para acordar feliz e iluminar todos à sua volta, a noite ensina e esclarece o que o dia escondeu. (Para que cresças meu menino)



Raíssa Noronha

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Estou aqui




Sabe aquela menina...
Triste, lacrimosa, desesperada, perdida
Sim ela, encontrei-a por ai vagando entre os bosques, desiludida
Procurando a saída, não crê que sempre haverá outro caminho
Não enxergas que estou ao seu lado
Perdida no tempo na infinidade de seus híbridos pensamentos
Ela que vive a catar estrelas, e colar no teto de seu quarto, iludida, coitada.
Pensas que estas iluminarão sua vida.
Pensas que esta sozinha no mundo
Não percebes que vivo por ti
Não acredita em minhas vagas palavras
Não sente que meu abraço abrange tudo o que sinto
Ah, não minha menina! Não fuja!
Encare a todos, encare a si mesma
Eu deixarei pistas no caminho
Por onde você deve trilhar
E estas que te guiarão pelo resto
De sua vida, e não te deixará esquecer
Que ainda estou aqui e vivo por você.


Raíssa Noronha
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