domingo, 12 de abril de 2009

Fuga


Envolver meus poemas numa lágrima,uma lástima,

ou simples paranóia

sentir a fulgura na escuridão, a lua some,

leva-me com ela, a lua.

De um sentimento roubado

um coração dilacerado, só uma lágrima

me sufoca, eu, ofegante

caída ao chão

sussurram aos meus ouvidos

um grito sucumbido, tirem-me daqui

minha alma adormece

diga aos anjos que já estou pronta

apenas, levem-me daqui

e quando é noite

a solidão me assola.

uma busca além do horizonte. Desespero.


Raíssa Noronha

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