Quando eu acordar espero ver que o que temia já não existe mais, como se uma noite de sono fosse meu eterno sossego, espero tirar esse víeis carregados de insegurança e instabilidade emocional. Posso dizer que hoje sou tomada de medo, por que não me reconheço como antes. A partir do momento em que um estranho arrebenta nossas entranhas e sem permissão toma conta de todo nosso ser então já perdemos todo controle, e quando fica intenso, e quando está perfeito parece que é extremamente limitado...você tem duas semanas, dois meses, alguns anos... Mas vai acabar... E hoje eu acordei meio assim, chapada quem sabe. Não tão lúcida levada por alguns goles de álcool que já não me são mais úteis, mas que me levaram a refletir tudo que esta aqui, nesta alma perdida. Dessas sensações múltiplas e variadas que vem como um furacão indomável, perdido e furioso. Ah sensações! Abri o dicionário ou qualquer fonte de informação, certas coisas não têm explicação, me diga você, o que é um arrepio de saudade? É um simples ato fisiológico? Não, pra mim é bem mais, é uma insustentável emoção, incabível no teu interior que pede para ser mandada para fora devido à sua intensidade, quem sabe... não talvez ainda esteja clara suficiente...palavras não seriam suficientes, na verdade nunca são. Como explicar que contigo até meu assobio fica mais doce, das borboletas no estômago que sinto quando te vejo. Só sinto que palavras me limitam, se elas expressassem tudo realmente como é, talvez assim tivesse noção dessa imensidão de amor que existe aqui. Essa melodia, essa música que traz momentos únicos à cabeça quando toca... Faz-me flutuar numa exarcebada nuvem de alegria.
Só espero que isso não acabe... Não tão cedo.
(Às vezes penso: foi você que me ensinou a viver? Ou foi pelo teu amor que dei valor à vida?).
Só espero que isso não acabe... Não tão cedo.
(Às vezes penso: foi você que me ensinou a viver? Ou foi pelo teu amor que dei valor à vida?).
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Raíssa Noronha
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